Coidata dessa palavra, não se pode falar, ouvir ou escrever ela sem pensar na boazinha que é má, a má que é boazinha, ou bétinha é boa e ruthinha é má.
Não é o nosso caso, ah não é. Aqui todo mundo mau, muito mau (muahahahaha).
Bem, novela (do latim novella (cara essa foi fácil)), também pode ser uma simples história, uma narração de aventuras. E é isso que vão encontrar aqui: dragões, fadas, princesas, piratas, cientistas malucos, amy winehouse ... Sim! A faculdade! Uma segunda chance para ser "legal"! mas ainda não chegamos lá, vamos começar do começo.... (a tela desmancha e faz aquela musiquinha de flashback).
Essa é uma história de amargar. Essa é a história de um garoto, vamos chamá-lo de “Bartholomeu”, um residente do subúrbio de uma cidade conhecida. Este sujeitinho tinha o singelo hábito de, sempre que passava na frente de sua casa uma menina do sexo oposto, telefonar ao orelhão localizado em frente de sua janela. Convenhamos que esse menino não estava em dia com as mensalidades de suas faculdades mentais.
E o telefone tocava, tocava e tocava, mas nunca ninguém atendia a seu desejo insaciável, exceto uma vez que sua mãe atendeu o orelhão e lhe ordenou que a ajudasse com suas compras, e esse dia nunca foi esquecido por sua mente perturbada por pesadelos com sorveteiros e o sorvete que explode em sua boca. Assim se resumia a vida de “Bartholomeu”...
Porém em uma noite chuvosa de verão seco, como sempre estava Bartolomeu nas salas de bate-papo 10 a 15 anos do servidor Ig (nota: “Bartholomeu” tinha 17 anos) tentando encontrar a menina dos seu olhos, ao som de Mettalica.
Mas sua jornada foi interrompida com o som de passos na chuva, sim, ele tinha ouvidos muito bons, apesar de ouvir Metallica, eram quase ouvidos de raposa, mas isso não vem ao caso, sua semelhança com animais pode ser discutida mais tarde, agora voltemos à história, ploc ploc ploc (onomatopéia sonora causada por sapatos de salto alto em meio a poças d’água), então mais uma vez o garoto problemático sentiu o forte impulso, provocado pelas molas de sua cadeira, o impulso de pressionar a tecla redial e entrar em contato com o mundo exterior.
E o orelhão tocou: pirlim-pin-pin (a campainha do telefone estava com defeito) e nosso herói avistou a figura que, iluminada pelo poste revelava sua intensa cabeleira dourada e como como se fosse apanhar um sabonete caído no banheiro atendeu o telefone!
E de repente Bartolomeu foi tomado por uma sensação estranha de quem havia comido 15 ovos no jantar, o que era realmente estranho, dado o fato que ele havia comido apenas 14, então ele pensou: “E agora? Isso nunca aconteceu antes!” Neste exato momento ela disse ao telefone: “Alô?”.
Nesse momento ele percebeu que precisava agir com destreza e largou sua melhor cantada:” E ae mina? Qué fatura 10 conto fácil?”. E ela respondeu: Claro! Por que não? Vamos brincar aqui fora! Pode vir quente que eu estou fervendo! Nesse momento “Bartholomeu” foi tomado de uma intensa alegria radiante, então decidiu vestir sua melhor roupa que era um roupão preto com capuz escrito IRON MAIDEN atrás. E, trajado dessa maneira, correu como uma besta desenfreada em direção à porta da rua em direção a seu destino...
Enquanto corria, “Bartholomeu” não pode deixar de se sentir um tanto inseguro quanto a sua sorte, afinal, como poderia seu karma ter mudado assim de repente? Mas olhando a figura com seus esvoaçantes cabelos dourados ele pensou: “Uh tererê! Eu também mereço ser feliz!”. Então enfrentou todo seu medo do sexo oposto que o assombrava desde q era um pimpolho (como podemos ver, o tempo não foi tão generoso com ele) e correu para os braços de sua amada que com um brilho mágico nos olhos disse:
“Mais tu é feio pá porra, heim!”
Um pouco desiludido ele então indagou: “hã?”
-Nada não...- a misteriosa figura respondeu -vóismecê tá a fim de uma diversãozinha, num é?
Ligeiramente preocupado, “Bartholomeu” tomou coragem e um pouco de Amaral Energy Drink (essa milagrosa bebida energética logo logo poderá ser encontrada na nossa loja, não saia sem comprar uma para a sua avózinha.) e disse: “RÁ! O que você quer dizer com diversão?”.-Bom- disse o Melocotom (não julgue o autor ele precisava rimar) -Vamos para meu cafofo e descubra!
Com o coração batendo, tumbalacatumba tumbatá (onomatopéia obrigatória), nosso herói, trajado de seu roupão preto escrito Iron Maiden, entrou na Fiorino rosa (para os mais leigos, é o carro que costuma ser usado como carrocinha) da estranha foi em busca de sua sina em um canto escuro do bairro. Durante o trajeto poucas palavras foram trocadas; por sorte, Melocotom (o motivo do apelido será discutido em outros contos) tinha algumas frases padrão:
-E aí muleke? É a primeira vez que você faz isso?
Sem palavras para responder, “Bartholomeu” apenas a observou e, debaixo da luz do painel rosa-choque do carro da dita cuja, pôde melhor contemplar sua fronte majestosa e imponente, então percebeu seus traços fortes e seus dentes faltando. Então uma dúvida se alastrou em sua mente deturpada, seria certo o que estava fazendo? Afinal há muitas garotas mundo a fora e aqueles 10 reais seriam muito úteis para a sua compra quinzenal de gibis do Pato Donald...
Enquanto esses pensamentos assombravam, o pequeno (isso é só uma expressão, sabemos que ele não é pequeno) “Bartholomeu”junto com seu peculiar par chegou a seu destino, um prédio de apartamentos em um endereço que não era estranho para nosso nobre desengonçado.
Mesmo notando a familiaridade do endereço, “Bartholomeu” sentiu um forte impulso de entrar, era o braço surpreendentemente forte de Melocoton empurrando-o para dentro.
Como ambos não podiam curtir aquele momento mágico para sempre, seguiram para o elevador, onde entraram em silêncio, pois já passava das 10 da noite. Dentro do cubículo de aço puxado por cabos de ferro impulsionados por um sistema de roldanas, Melocoton levantou sua mão com vigor e emoção, apertando o 12, nesse momento, Sentiu uma coisa que nunca havia sentido antes e, olhando para Melocoton com lágrimas nos olhos, perguntou: “Mas que diabos você comeu?”, Melecoton não respondeu, e “Bartholomeu”, achando que fazia parte da brincadeira (“Bartholomeu” tinha a mente alienada devido a noites em claro assistindo a filmes impróprios), mandou sua resposta turbinada pelos 14 ovos. Melocoton fez uma grande careta e por alguns minutos não sentia as pernas, mas não tendo para onde fugir continuou em silêncio.
Chegando ao andar desejado, Melocoton finalmente disse: “Meu apêzinho é o número 123, me ajude a chegar lá pois minha vista escureceu no elevador.”
No corredor, “Bartholomeu agarrou sua cintura e conduziu sua bem-feitora pelo corredor escuro e percebeu que o corpo de Melocoton não era como o das garotas que ele havia tido contato, o primeiro aspecto que a diferenciava das demais era que ela não estava dentro de uma caixa com botões ou numa revista, e o outro era que ela era forte como um urso pardo das Malvinas. Quando chegou à porta, “Bartholomeu” foi tomado por uma intensa curiosidade e perguntou: “Mas qual é seu nome?”, a o que a figura respondeu: “Meu nome de trabalho é Melocoton e isso é tudo que você precisa saber”, Bartholomeu então disse: “Nós já não nos conhecemos?”, Melocoton não respondeu e abriu a porta,entrando no recinto.
Bartholomeu não pôde deixar de notar as garrafas de bebida espalhadas e os gatos mortos pelos cantos, mas tudo isso de um modo “chique”, o que o deixou ainda mais perturbado. Melocoton jogou sua bolsa em um canto e disse, com um ar cansado, como se tivesse dito aquilo muitas vezes antes: “Puxa um gato morto e senta no chão, que eu vou tomar banho e vestir algo mais confortável”, fato do qual “Bartholomeu” não teve como discordar, sendo que o odor exalado pelas frestas do corpo de Melocoton estava prejudicando suas mucosas nasais.
Dentro de breves minutos Melocoton volta de suspensórios e, estranhamente, não era mais loira, mas sim um tanto quanto calva e finalmente “Bartholomeu” reconheceu a estranha figura e deu um grito de agonia: “Tio Carlos!”.
Sim! Era seu tio Carlos, a quem não via a dois anos! Pois então qual não foi sua surpresa quando sua própria mãe pulou de dentro do armário seguida por João Kléber, que disse: “Você está na pegadinha do Te vi na TV! Sua mãe mandou sua história para nossa produção e decidimos que você merecia uma lição em rede nacional!”. Sua mãe então falou: “Te peguei, heim filhão!”.
Sem palavras, “Bartholomeu” então só conseguiu dizer, olhando para a alça solta do sutiã da sua mãe: “O que vocês estavam fazendo lá dentro?”.
Sua mãe, um pouco hesitante, disse: “Chame o seu tio e vamos comer uma pizza! Isso foi apenas uma pegadinha!”. Mais animado com a perspectiva de comer seu prato favorito, pizza de carne moída com parmesão, “Bartholomeu” perguntou: “Quer dizer que meu tio não é uma prostituta?”, sua mãe, um pouco desapontada, disse: “Não filho, essa parte é verdade, mas vamos comer porque isso é uma outra história”. Enquanto dizia isso, ela conduziu seu filho para fora daquele apartamento trazendo um fim a toda essa loucura, em que no final terminou em pizza.
MORAL DA HISTÓRIA: "Pedra dura bate em quem cedo madruga."
Observação pra quem chegou até aqui: Texto publicado no ano de 2003 no veelho Lambisgóia.
Semana que vem, o primeiro capítulo de "Barth goes to college"!!!!
Ou o título em português "Uma história de verão"!!!
2 comentários:
é uma nova glória perez
Coidata
Thai
Postar um comentário