sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Capitulous Quartus - Barth vais to the faculdade

“Então esse era o famoso JURURUCA, famoso em lendas e contos, onde heróicos cavaleiros praticavam esportes e donzelas eram generosas com todos, exatamente, TODOS”, Barth pensava nisso até receber um tapa na cabeça para entregar logo o dinheiro do “passeio” e liberar a fila para o próximo. Com muita dor no bolso, Barth se desfaz de seu dinheiro conseguido com a venda de algumas cartas de Magic, cartas que quase deram a vitória a ele quando jogou uma partida com um moleque de 8 anos que morava em sua rua, mas valia a pena, afinal, o JURURUCA seria palco de muita azaração e uma galerinha pirada afim de deixar uma cidade de pernas pro ar.

O que era aquilo? Seria o paraíso? Ele olhou para aquela multidão saindo já caída dos ônibus e viu que ali era seu lugar.

Com um olhar de macaco quando encontra uma barraca de feira do japonês que vende banana, Barth foi em direção a uma aglomeração, onde um dos fanfarrões universitários gritava:

— VENHAM, VENHAM, ESSE É O GRANDE DESAFIO DA FONTE, QUEM PODE DERROTAR NOSSA ATUAL CAMPEÃ?? Aliás, ela está aqui autografando o ensaio sensual que fez com a fonte!!

Barth olha para a mesa de autógrafos e solta o já conhecido berro:

— MÃE???!!!

— Filho, entenda, você era novo e eu precisava pagar as contas...

— MAS TÁ ESCRITO NA REVISTA QUE FOI ANO PASSADO!!

Antes que sua mãe respondesse, foram interrompidos pelo fanfarrão que disse:

— E aew cara, vai bater o recorde ou não?

Barth pensou bem e perguntou:

— Sim, mas pode colocar groselha também?

Naquele momento, toda e qualquer pessoa no raio de 35.000 km parou, sem reação, nenhuma palavra foi pronunciada, e um a um, todos foram caindo e rindo (risada é um apelido carinhoso dado a esse fato, talvez fosse mais para como se eles estivessem expelindo seus órgãos internos em êxtase de gozação gerada pela situação ridícula) gerando um nível 6 na escala Richter. Barth correu como se não houvesse amanhã, ele não entendia como as pessoas não podiam entender seu gosto por cerveja com groselha. De repente, tropeçou numa casca de banana jogada por um estranho encapuzado. Ao cair no chão, o estranho disse:

— Olá forasteiro, ouvi dizer que você gosta de doces, gostaria de um?
Barth pensou, e oras, porque não? ele já tava fodido mesmo, seria uma boa hora de adoçar a vida.

O estranho deu-lhe um pequeno adesivo, Barth imaginou que fosse aqueles chicletes com gosto de tapa na cara e colocou na boca, agradeceu o estranho, que por sua vez, disse que era por conta da casa, Barth andou alguns metros e como num passe de mágica de Lua de Cristal, tudo virou um festival de cores e formas indefinidas, Barth só teve tempo de encostar sua bunda no chão e começou a ouvir algo se aproximando que se assemelhada ao seguinte cântigo: “ quero vê-la sorrir, quero vê-la cantar, quero ver o seu corpo danças sem pararrr”... o som foi ficando mais alto e quando Barth levantou sua cabeça viu uma silhueta e a reconheceu:

— SIDNEY MAGAL?!?!

— Sim, meu caro Barth, eu sou seu guia espiritual e é chegada a hora de você entender como usar esse seu radinho. Siga-me, tenho um mundo de sensações para lhe mostrar.

Nenhum comentário: